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domingo, 8 de junho de 2014

Relacionamentos fracassados ou tenho escolhido mal?


Na verdade essa é uma pergunta que muitos têm feito a si mesmo, porém sem encontrar uma resposta certa que defina bem esse turbilhão de sentimentos e conflitos internos. Vivemos em pleno século XXI, tudo está diferente agora, e as coisas já não parecem ser tão erradas como antes, não existe mais aquele cuidado e preocupação em fazer boas escolhas por entender que elas podem definir nossas vidas e afetar diretamente a vida de outros, nada disso tem sido levado em consideração, afinal de contas as pessoas não se casam mais hoje em dia pelos mesmos motivos que antes. O matrimônio não tem o mesmo significado quando na época de nossos pais e avós. Depois, eu gosto dele (a) então já posso me casar, se não der certo, me separo, simples assim, que mal há nisso?

Se nós fossemos analisar, iríamos perceber que um relacionamento não se baseia somente em sentimentos, embora muitos dizem entender, não se atentam a isso na prática e no momento onde estão se envolvendo com alguém, mas deixam ser levados apenas por instintos e atração, sendo apenas emotivos e pouco racionais. O mundo em que vivemos passa por grandes catástrofes, tragédias, em cada país há uma história para contar e muito que chorar, e tudo indicam que os nossos esforços humanos não serão o suficiente para conter tamanho descontrole em que nossa humanidade está enfrentando, então você me pergunta? O que isso tem a ver com relacionamento? Tudo a ver. Se hoje nós desfrutamos de coisas como, a energia elétrica, os avanços da tecnologia, onde muitos cientistas e especialistas já encontraram a cura para doenças, quando milhares de pessoas á séculos atrás morreram por causa dela, por que vivo em um país onde posso ser livre, que aderiu a democracia, quando muitos ainda são reféns da ditadura?

Tudo isso se deve a cuidadosas escolhas, renuncias, sacrifícios, não sei, mas feita por muitos com quem não convivemos ou tivemos a oportunidade de conhecer, mas de alguma forma elas entenderam que essas escolhas mesmo sendo pequenas iriam refletir em toda existência humana, ainda que elas não estivem mais presente para presenciar tamanha mudança. Eu só sei que todas essas escolhas feitas por desconhecidos, elas não apenas tiveram relevância na história da humanidade, como me deu a oportunidade de continuar fazendo algo a partir daqui e todos os dias me beneficio delas. É desesperador e triste quando ouvimos relatos pessoais, ou reportagens onde se abordam o tema “Família”. Por que as pessoas não compreendem que tudo começa no momento da escolha, e a precipitação, a carência e ansiedade por encontrar a famosa “Minha outra metade” cega os olhos para o que precisava ser visto.

Na verdade penso que não existe pessoa certa ou errada, o que existe são compatibilidades de gêneros ou a falta dela. Toda desestrutura familiar acontece por alguma razão, e claro não se pode culpar apenas um, uma vez que relacionamento é constituído por duas pessoas. Mas com toda certeza o fracasso de muitos relacionamentos se deve a muitas decisões erradas tomadas no começo dele. Quando um casal se une, são apenas dois, mas muitos ao se separar deixam marcas no coração de tantos outros, e com certeza os filhos são um dos mais afetados e prejudicados. Não adianta combater a fome, a miséria somente com alimento, é preciso conscientizar da importância em dar a essas pessoas toda condição de se manterem, mas não por alguns dias, dar também a elas toda estrutura para que possam sobreviver e viver de forma digna. E da mesma forma, eu creio que muitos relacionamentos seriam mais saudáveis e duradouros se as pessoas entendessem e valorizassem alguns princípios básicos, no entanto fundamental. Se respeitassem e amassem um ao outro pelo que são, não apenas pelo que ambos podem proporcionar um ao outro. Se dedicassem mais tempo a conhecer aquele (a) com quem pretende constituir família.

“Ou você cuida do relacionamento enquanto não existem problemas mais sérios, ou terá que aprender a cuidar das feridas que o mesmo trará a sua alma.”

Precisamos deixar de ser egoístas, quando dizemos que amamos, e mesmo assim não renunciamos nada em prol do outro. Não somos capazes de abrir mão do que acreditamos ser o certo, simplesmente para fazer com que o outro se sinta melhor e valorizado. Que amor é esse que usufrui do prazer e beneficio que meu companheiro (a) pode me oferecer, mas nunca está disposto a se doar por ele. Como explicar essa paixão avassaladora que tem unido pessoas, famosos de todo mundo, e dias depois lemos em todas as colunas de revistas e jornais que ambos não se suportam mais. Então penso que, isso tudo não se trata apenas de “Relacionamentos fracassados ou más escolhas”, mas tem a ver com uma autoanalise de nós mesmos, onde temos a responsabilidade de não apenas sermos sinceros com nossos sentimentos, mas também entender que o nosso comportamento correto perante aquele que está ao nosso lado, ou a falta dele pode mudar toda história. Corresponder a um sentimento e viver essa troca é muito bom, quando ambos entendem o que verdadeiramente isso significa.

“Se você não for aquele que irá corresponder ao que o outro sente, estando disposto a dar tudo de si, também não queira ser o grande causador de uma história com um final infeliz”.

Se perceber que nada tem em comum com a pessoa que está ao seu lado, e não estiver preparado ou disposto a fazer nada para mudar isso, então tenha coragem e consciência em deixa-la seguir o caminho dela. Afinal de contas se nós não nascemos para ser felizes, e sim ”fazer alguém feliz”, então todos nós temos uma missão, viva para cumprir a sua, e faça alguém feliz e automaticamente você também será.

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